O Evangelho no Trabalho de Sebastian Traeger e Greg Gilbert
O Evangelho no Trabalho de Sebastian Traeger e Greg Gilbert

O Evangelho no Trabalho de Sebastian Traeger e Greg Gilbert

Jamais devemos nos enganar com o pensamento de que Deus sempre honra as coisas que honramos, ignora as coisas que ignoramos ou valoriza as coisas que valorizamos.

Trabalhando Para o Rei: O Que Você Realmente Busca no Seu Trabalho?

O livro O Evangelho no Trabalho foi publicado no Brasil pela editora Fiel em 2014. Se não me engano foi nesse ano também que eu comprei meu exemplar. E se li somente agora, um pouco é por saber que seria uma leitura que me confrontaria (quase dei de presente sem ler rsrs). 

O livro foi escrito para cristãos e principalmente para aqueles que estão no mundo corporativo. Os conceitos e práticas ensinadas no livro podem ser sim aplicados por qualquer trabalhador em qualquer profissão, porém na minha experiência de leitura só consegui visualizar o mundo corporativo – escritório, roupas formais, notebooks, recepção, cadeira de rodinhas, happy hour… 

Trabalhamos para o Rei 

O argumento chave do livro é que nós cristãos não trabalhamos – pelo menos não deveríamos – para as pessoas, empresas e instituições, nós trabalhamos para o Rei Jesus Cristo. É Jesus que é dono da nossa vida e tudo que existe, se confessamos que Ele é nosso Salvador, precisamos igualmente reconhecer que Ele é Nosso Senhor e de Tudo.  

Não existe um único centímetro quadrado em toda a criação a respeito do qual Jesus Cristo não exclame: ‘Isso é meu! Isso pertence a mim.’ (Abraham Kuyper)

A fundamentação bíblica está nos versículos de Colossenses 3. 22-24, que sem dúvida ganharam um novo sentido para mim. 

Idolatria e Indolência 

Segundo os autores, Sebastian Traeger e Greg Gilbert, o cristãos não devem buscar no trabalho o que ele não foi projetado para dar, como por exemplo: identidade, felicidade, sentido. É Jesus que preenche a nossa vida e não o trabalho. E cá para nós, eu conheço pessoas que o trabalho, sua profissão é tudo na vida, que triste é isso. Quem vive assim inevitavelmente sofrerá uma grande decepção. Devemos tomar cuidado com a idolatria do trabalho. Não somos máquinas, não somos insubstituíveis e dinheiro não é tudo, sucesso também não, fama, poder, posição e status… no final como disse Salomão é tudo vaidade. 

Mas não é só a idolatria do trabalho que os autores apontam como um problema, mas também a indolência do trabalho. Também devemos tomar cuidado com o desejo de não trabalhar kkkkkk, de ficar a toa, com corpo mole e as reclamações diárias. Leia esse trecho: 

Ser indolente não significa necessariamente inatividade – uma falta de produtividade. Pode ser uma inatividade do coração, uma incapacidade ou má vontade para perceber ou aceitar os propósitos de Deus para o trabalho que ele nos deu. Pode ser um coração que não compreende como Deus está usando o nosso trabalho para nos moldar, um coração que nega sua responsabilidade cristã de servir ‘como ao Senhor’ Ef 6.7. Quando esse tipo de pensamento é assimilado pela nossa mente, os resultados são devastadores. Desalento, falta de alegria, reclamações, descontentamento, preguiça, passividade, querer agradar às pessoas, pagar com a mesma moeda, buscar o caminho mais fácil, segundas-feiras tenebrosas – esses são os frutos de sermos indolentes em nosso trabalho. (p.48)

O Cristão precisa ser Fiel 

Em resumo, o livro mostra como o trabalho não é uma fonte de satisfação absoluta e nem é um mal necessário. O trabalho é uma parte de nossas vidas. Algo que precisamos fazer para sobreviver, para abençoar nossa família, para abençoar a igreja e para abençoar a sociedade. Um dos pontos do livro que mais me tocou é quando eles explicam sobre a ordem da sociedade. Ninguém quer viver no caos: fome, sujeira, violência… Então, em primeiro lugar precisamos trabalhar. A ordem da sociedade não é mágica, é um trabalho de formiguinha, cada um faz sua parte. Se você acordou hoje, tomou seu banho, tomou seu café com pão ou pão de queijo, pegou o ônibus ou dirigiu seu carro… essas coisas simples foram possíveis porque existem milhares de pessoas fazendo o seu trabalho diário. Pense nisso. 

E a conclusão do livro também foi muito boa. A definição de sucesso no mundo podem ser várias: dinheiro, poder, fama, influência, seguidores… Mas para o cristão sucesso não pode ser definido de outra forma que senão a fidelidade. Eu achei esse argumento final tão lindo. Concordo demais. Naquele Grande Dia do Senhor, a questão não será se você tinha dinheiro, se era famoso… se fez muito ou pouco, mas se foi fiel naquilo que Deus colocou nas suas mãos. Como disse lindo! 

E chegamos ao fim desse texto com minhas impressões de leitura desse livro tão bom. Finalizada a leitura, confesso que tenho até dó de emprestar, quero reler daqui há uns anos para não esquecer jamais do que aprendi. 

“O que faz de nós um sucesso é sermos capazes de estar diante do Rei Jesus um dia e dizer: ‘Eu servi bem no lugar onde o Senhor me colocou. Dei tudo de mim. Trabalhei com todo o meu coração, porque estava trabalhando para o Senhor, não para homens.” (p. 197) 

Livro: O Evangelho no Trabalho
Autor: Sebastian Traeger e Greg Gilbert
Editora Fiel, 2014
Páginas: 215
★★★★★

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