Sobre esse tempo de pandemia
Sobre esse tempo de pandemia

Sobre esse tempo de pandemia

O problema de ficar algum tempo sem escrever por aqui, nesse formato, é que perde-se o jeito para a coisa. Mas aqui vou eu outra vez e o jeito eu redescubro pelo caminho.

Primeiro, o motivo da minha ausência ou o ritmo lento de postagens é a produção do meu novo livro. Como já comentei por mais de uma vez, estou escrevendo outro livro de memórias que espero poder contar mais logo logo.

Então, já que comecei ainda que devagar, ainda que sem pensar direito, decidi continuar a escrever, a compartilhar alguns fragmentos da minha percepção, da minha experiência com a pandemia. Talvez o mais correto seja dizer que quero compartilhar da minha experiência na pandemia…

E já adianto que o que quero abrir aqui hoje não é sobre a ansiedade, ou a incerteza, ou o desconforto, que a pandemia me trouxe. Não descartando tais sentimentos, pois eles também são realidade. Porém após um ano e muitos meses, esse saldo negativo não é o que ressalta para mim. Antes, o que nesse momento está em relevo na minha vida é o saldo positivo, é o que de bom aconteceu na minha vida durante essa terrível tempestade que caiu sobre todos nós.

As vezes sou repetitiva até conversando, mas vale dizer claro outra vez: abro aqui sobre a minha experiência pessoal. Cada pessoa experimentou esse tempo de uma forma e muitas tragicamente eu sei, e sinto muito por tudo isso.

Bem, a pandemia e tudo o que ela trouxe consigo me assustou. Ainda me lembro do primeiro impacto, das primeiras notícias: chorei, sofri, tive medo. Depois o que me lembro é que parei. É bem isso: A PANDEMIA ME PAROU. Eu não sabia, mas estava navegando em piloto automático em absolutamente todas as rotas, todas as áreas da minha vida. Então de repente parei. E aí que está, isso não foi ruim.

Ao parar eu precisei (eu realmente precisava) verificar: para onde afinal eu estava indo? O QUE EU ESTAVA FAZENDO COM A MINHA VIDA? E aqui, o susto foi bem maior do que descobrir que o vírus da Covid-19 estava por aí. Porque eu tinha a resposta geral, a resposta final e eterna para essa pergunta e Toda Glória seja dada a Jesus Cristo!!!; masss eu não tinha as respostas específicas. As rotas pareciam estar programadas para lugar nenhum. Havia pouco planejamento. E como ouvi em algum lugar: se falhamos em planejar estamos planejando falhar. [1]

E foi aí que eu gritei: EU PRECISO MUDAR. E precisava mesmo. Muita coisa. Era urgente. Não podia esperar mais. E eu comecei a mudança.

E é nesse ponto que eu estou (23 de junho de 2021). Eu estou mudando. Muito e pouco. Suave e radicalmente. Rápido e lentamente. Depende da rota, do ângulo em que você olhar.

E você, em que ponto está?

[1] Ideia atribuída à Benjamin Franklin, citado por Noélio Duarte, em “O incrível poder da motivação. UP, 2007


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6 comentários

  1. Oi, Kelly!! Senti que o seu jeito de escrever mudou um pouco… está maia intimista. Ou seria o tema que não deixa ser nuito diferente? Gostei bastante do texto!

    Fico feliz que você está escrevendo outro livro!

    Eu não sei bem onde estou…
    Meu último ano foi mergulhado em fotos! Mandei fazer o álbum de casamento e fiz outras seleções de fotos para vários álbuns (pais, sogra, irmão, etc). Quando me dei conta… se passou um ano e coloquei quase todo meu tempo livre nisso! Mas foi bom! Essas lembranças ficarão conservadas no papel por muuitos anos! E esse processo todo de mergulhar em boas memórias me fez muito bem nesse tempo em que fiquei mais isolada das pessoas. Mas… parece que agora está na hora de retomar outros projetos que ficaram pra trás… e sigo orando.

    Saudade das nossas conversas…. 😘😘

    1. Oi Dafne! (me desculpa pela demora para responder)

      Fiquei pensativa sobre seu comentário quanto a minha forma de escrever ter mudado. Acho que sim. Tanto pelo hábito de escrever mais arraigado do que nunca e também, por conta dos nossos estudos lá no grupo rsrsrs. Quando você descobre verdadeiramente sua identidade em Cristo, acabava-se as reservas. E digo isso, não porque eu tenha alcançado, mas por estar no caminho.

      Que legal seu projeto com fotos, tenho muita vontade de montar um álbum de família também.

      Obrigada pela amizade e incentivo Dafne, você é uma querida 🙂

  2. Estamos vivendo um momento propício para fazer uma análise da nossa e acho que é nesse ponto que estou. Pensando no que eu vivi até agora, o que eu perdi com a pandemia, o que me faz faz falta e o que não faz, o que deve ser retomado ou abandonado de uma vez por toda, o que eu quero para o futuro e por aí vai. Todo mundo reavaliou sua vida ou vai reavaliar em algum momento dessa pandemia. É inevitável. Parabéns pelo texto.

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