
O brasileiro não é preparado para lidar com dinheiro. Aprendemos desde cedo a querer dinheiro, a gastar também, mas não aprendemos como gerir o dinheiro. É como se o dinheiro fosse um visitante que a gente nunca aprendeu a receber direito – entra, bagunça tudo, e quando vai embora deixa aquele rastro de dúvida: “será que eu fiz algo errado?”
Você pode ganhar muito bem ou muito mal. Não importa. Uma boa gestão do dinheiro faz uma diferença absurda. E quando falo de gestão, não estou falando de investimentos mirabolantes ou planilhas super complexas – estou falando do básico: registrar entradas e saídas, não gastar mais do que ganha, ter uma reserva de emergência… essas coisas simples que têm o poder de mudar tudo.
O primeiro passo é escolher qual ferramenta você vai usar para se organizar. Pode ser um caderno, uma planilha de Excel, um aplicativo no celular, ou até no WhatsApp dá para fazer. O que importa é funcionar para você. Depois vem a parte da disciplina: escolher um dia da semana ou a cada 15 dias para sentar e fazer as contas (+ entradas – saídas = saldo).
Guardar os comprovantes, anotar desde o pãozinho da manhã até aquele tênis novo (5 vezes no cartão de crédito); a regra é anotar tudo, estar consciente de tudo o que você ganha e gasta. No começo pode parecer uma coisa chata e até sem sentido, mas depois se transforma em algo essencial, libertador.
Eu sou contadora. Com 19 anos eu já estava na faculdade aprendendo sobre débitos e créditos. Contabilizar minhas finanças é algo normal para mim. Mas mesmo antes disso, com 16 anos eu já tinha um caderninho de registro das entradas e saídas. Hoje, uso uma planilha de Excel que eu mesmo montei e fui aperfeiçoando com o tempo. Uso ela há uns 10 anos já – é o que me ajuda nessa difícil tarefa da gestão do meu dinheiro. {Se esse post tiver mais de 5 comentários, eu compartilho o download da planilha com vocês.}
Mas não pense que minha vida financeira foi sempre certinha. Teve épocas que parei de registrar, deixei as coisas soltas… e, claro, me enrolei toda. Aprendi na prática, errando bastante: ou você organiza suas finanças, ou viverá no caos.
E uma coisa importantíssima: quando o assunto é dinheiro, a emoção precisa ficar longe. Exceto para ajudar a quem precisa, tirar a emoção da equação é essencial. Se você misturar sentimento com decisão financeira, o resultado geralmente é aquela confusão. Controle-se ou você também saberá o que é um caos financeiro de verdade.
E vocês? Como organizam as finanças de vocês? Quero muito saber. Me contem aqui nos comentários – quem sabe não sai outro post sobre esse assunto.
☕ 😉 Mais de 5 comentários? Libero a minha planilha de 10 anos de organização financeira.
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