Foco. É o que eu mais tenho buscado nos últimos meses. Organizar, planejar, para focar. Pode ser triste pensar sobre, mas a verdade é que uma vida não é tempo suficiente para fazer tudo o que gostaríamos de fazer. Porém, creio, uma vida é o bastante para fazer o que é essencial fazer. Descobrir o que é esse essencial eis o grande desafio.
O que é indispensável? Isso é, além dos boletos (rs), das tarefas do dia a dia, da manutenção da vida. O que lá dentro é importante para mim? Parece que a simples sugestão da reflexão já cansa e cansa mesmo. Olhar para dentro não só exige coragem como força, persistência, tempo, silêncio…
E o incrível é que apesar da oportunidade desse auto exame quase sempre existir, postergamos. Ocupando-se disso somente quando não há outra maneira ou quando somos acometidos da ociosidade. Um desemprego, um período de férias em casa, uma doença, uma perda, e ás vezes sim: uma conversa com alguém, a leitura de um livro – apesar que esses dois últimos podem não gerar força suficiente para nos levar além da sugestão de um auto exame.
E quando enfim acontece, emerge aquilo que para nós é o essencial, nos surpreendemos. Tínhamos as respostas e não sabíamos. Erramos o caminho com o mapa no bolso. Sabemos exatamente o que fazer, o que deixar, para onde olhar, o nosso foco.
– A Girl in Front of her Mirror – Veikko Vionoja, 1971
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