“Menos escura lhe parecia a morte que essa escura aventura em que se sentia envolvida e levada!”
Esse foi o meu primeiro conto do ano e o meu primeiro contato com a obra do Eça de Queiroz. Eu continuo achando os contos a melhor maneira de começar a ler um autor quando o mesmo têm em sua obra essas pequenas narrativas.
Eça de Queiroz, foi um escritor português, que viveu entre 1845 e 1900. Entre as suas obras mais famosas estão “Os Maias”, “O Crime do Padre Amaro” e “O Primo Basílio”. Considerado um dos mais importantes escritores portugueses, também é muito conhecido e aclamado no Brasil.
Segundo o Wikipédia, O Defunto, foi publicado originalmente em 1895 em um periódico e foi incluído em uma compilação de contos em 1902. A narrativa acontece em 1474 na cidade espanhola de Segóvia e tem como protagonista D. Rui de Cardenas, um jovem de boa família, bem aparentado e muito devoto a uma santa católica, que acaba se apaixonando por Dona Leonor, esposa de um fidalgo muito rico chamado D. Alonso.
Como você já pode imaginar por essa sinopse, esse tal triângulo amoroso ao longo das páginas gera uma porção de coisas ruins e o enredo é mesmo cheio de surpresas desagradáveis para os personagens. O que ao mesmo tempo é claro, torna a leitura muito instigante para o leitor e, principalmente pelo elemento fantástico inesperado.
Sobre o estilo do Eça de Queiroz, não posso dizer muito por esse ser o meu primeiro contato, entretanto é certo que gostei, gostei muito da maneira como ele escolheu contar essa história. Para mim foi uma experiência de leitura diferente de tudo o que eu já tenha lido ao longo dos anos, considerando as narrativas de contos; e que com certeza será uma motivação para que eu me empenhe a ler os seus romances.
Créditos Imagem: Projeto Adamastor
Conto: O Defunto Autor: Eça de Queiroz (1845-1900) Edição lida: Contos Eça de Queiroz São Paulo, Martin Claret, 2006 Compre: Amazon, Méliuz ★★★★★
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Tenho uma coleção de livros que se diz ser a obra completa de Eça de Queiroz, não li tudo, mas já li a grande maioria do conjunto, não sei se esse conto está lá, mas Eça é de facto um genial escritor realista, por vezes com intenção de chocar e denunciar vícios da sociedade e da religião, bem como das pessoas da elite nesse realismo, mas com um técnica narrativa e de juntar pormenores incrível, grande rivalidade na época com Machado de Assim, mais recatado na denúncia dos vícios privados da sociedade ou com recurso menos realistas para suavizar.
Gosto muito deste escritor.
Olá Carlos! Nunca tinha lido nada do Eça e digo que gostei muito. Estou pensando em escolher um dos seus romances para emendar a essa leitura dos contos.
Conferi, está num dos volumes com muitos outros contos, voi ver se leio algum entretanto
Quando ler, me diga o que achou.