Fui convidada recentemente pela Ana Margarida, do podcast Entrelinhas, para conversar sobre o clássico de Willian Golding, O Senhor das Moscas. Para isso, resolvi reler o livro, e foi uma ótima experiência.
Deixo o link do podcast para vocês ouvirem: clique aqui
Esse romance foi publicado em 1954 e William Golding ganhou o Prêmio Nobel em 1983, com a seguinte justificativa: “Por seus romances que, com a perspicuidade da arte narrativa realista e a diversidade e universalidade do mito, iluminam a condição humana no mundo de hoje.”
O Senhor das Moscas, é uma obra muito impactante e impossível de esquecer. O enredo é simples: um acidente aéreo numa ilha desconhecida, onde apenas as crianças sobrevivem. Um detalhe interessante é que todos os personagens são meninos.
Nessa releitura, consegui prestar mais atenção na história e como ela se desenvolve. A força do livro, sem dúvida, está na construção dos personagens, que como comentei no podcast, já não consigo enxergar apenas como crianças, mas como símbolos. Para mim, Ralph, Jack e Porquinho representam, respectivamente: o senso comum, a maldade humana e a sabedoria/consciência. E os pequenos, são a representação do povo.
Quando li pela primeira vez, em 2018. não achei em nada o enredo previsível, e mesmo agora, sabendo o que iria acontecer, nem por isso deixou de ser impactante.
Como ponto negativo – motivo pelo qual gosto tanto do livro, mas não é um dos meus favoritos -, repito o que disse na minha resenha lá de 2018: as descrições de paisagens desse livro são muito chatas. Na releitura pesaram ainda mais.
Enfim, O Senhor das Moscas é um daqueles livros para ler antes de morrer. Uma das grandes obras universais, que longe de ser mero entretenimento, nos desperta e prepara para a realidade do mundo.
Livro: O Senhor das Moscas (Lord of the Files, 1954)
Autor: William Golding (1911-1993)
Edição lida: Nova Fronteira, 2011
Páginas: 258
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★★★★★

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