
Por Michael Horton:
O cristianismo não é verdade porque dá certo. Em muitos casos, não dá certo. Ou seja, não soluciona todos os problemas que achamos que deveriam ser resolvidos. Não é uma técnica para nossa terapia pessoal, mas a verdade que Deus venceu o pecado e a morte pela cruz e ressurreição de Jesus Cristo. Aqueles que se tornaram cristãos porque alguém lhes disse que isso consertaria seu casamento, e se encontram na tribuna do divórcio, poderão até desistir do cristianismo. Aqueles que esperavam liberta-se de todos seus hábitos, tentações e desejos pecaminosos depois que se converteram, porque uma vitória repentina lhes foi prometida, poderão encontrar-se totalmente desiludidos com Deus quando perceberem que ainda são apenas pecadores salvos pela graça.
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O cristianismo não conserta tudo, pelo menos não aqui e agora. Promete, sim, que tudo será resolvido no final da história, mas em nossa experiência no deserto, estamos peregrinando até a Cidade Santa.
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A boa nova que proclamamos é verdade, não porque ela dá certo para as pessoas na visão pragmática e utilitarista, mas porque a quase dois mil anos, na periferia da cidade de Jerusalém, o Filho de Deus foi crucificado por nossos pecados e ressurgiu para nossa justificação. Este evento histórico talvez não conserte nosso casamento, nossos relacionamentos, nossas vidas confusas, do jeito que queríamos nem no tempo que queríamos, mas nos salva da ira vindoura de Deus e nos dá nova vida, esperança e sabedoria para nossa vida aqui e agora, garantindo que no fim a dor cessará por completo. Com certeza, à vista disso, tudo mais empalidece – não é insignificante, mas é de importância secundária diante da questão: “ao ser humano está ordenado morrer uma só vez, e depois disto, o juízo” (Hebreus 9.27)
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A justiça perfeita que Deus requer de nós só foi possuída por um ser humano, o redentor a quem … todos os santos têm buscado como abrigo da morte e do inferno. No momento que confiamos em Jesus, renunciando nossas próprias reivindicações de santidade e aceitabilidade, retirando as folhas de figo de nossa própria confecção, Deus nos veste no manto da justiça de Cristo. Pela vida de obediência de Cristo, por sua morte sacrificial e sua triunfante ressurreição, somos aceitos pelo Pai, tornando seus herdeiros, é-nos dado seu Espírito Santo e prometida a ressurreição de nosso próprio corpo mortal.
Michael Horton – Livro Bom Demais para ser Verdade, publicado originalmente em 2006. Tradução Elizabeth Gomes. Editora Fiel, 2013 (páginas 140-142 – grifo nosso)
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