Lendo Contos: Os faroleiros de Monteiro Lobato

Eu cresci lendo Monteiro Lobato. Tenho um carinho imenso por sua obra da literatura infantil.

Há uns dois anos ganhei de aniversário uma coleção de 10 volumes da sua literatura geral. Os faroleiros é o primeiro conto do livro Urupês publicado em 1918.

A narrativa desponta com a luz que dois homens estão enxergando em meio a um breu, um breu de céu e mar fundidos um só carvão. Era um farol e por isso a conversa recaiu sobre faróis.

Logo para combinar com aquele breu um deles começa a contar uma história tenebrosa que diz ter sido testemunha em sua ida certa vez a um farol. Esse diz ter conhecido um tal de Gerebita, faroleiro, que assumiu um farol com apenas vinte e três anos, isso mesmo, antes dos quarenta quando os homens batidos pela vida já estão descrentes das suas ilusões.

A linguagem é antiga, difícil, mas por isso mesmo um espetáculo à parte. O enredo de qualquer forma não te deixa parar de ler até a última linha.

Lembrei de O Coração das Trevas do Conrad. Lembrei do Alienista do Machado. Monteiro Lobato foi um grande autor!

Minha edição é da Brasiliense, publicada em 1971. Um achado que tive a felicidade de ganhar. Estou até com dó de riscar o livro e olha que isso é raro.

Conto: Os faroleiros, 1915
Autor: Monteiro Lobato
Editora: Brasiliense, 1971
Páginas: 12
Compre: Amazon, Méliuz
★★★★★

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