“Inveja, sentimento faccioso, confusão e toda espécie de coisas ruins caracterizam a falsa sabedoria. Mas pureza, paz, indulgência, correto pensar e misericórdia – virtudes que levam à colheita de bom fruto e à retidão na vida daqueles que buscam tal sabedoria – caracterizam a sabedoria do alto.”
A vida está corrida, mas as leituras continuam. Passamos do capítulo 2 na leitura coletiva do livro “Feminilidade Radical”, da autora Carolyn McCulley, organizada pela Samara do Discurso sem Método.
Nesse capítulo que tem por título “Os homens não são o problema”, a autora faz uma introdução da história básica do feminismo através da vida de três mulheres influentes: Elizabeth Cady Stanton, Simone Beauvoir e Betty Friedan.
É um capítulo muito interessante. Além de contar brevemente a história dessas mulheres e destacar a importância de cada uma delas para primeira, segunda e terceira onda do feminismo, McCulley conclui algo muito importante sobre essas mulheres: “Beavouir, Friedan e Stanton foram mulheres brilhantes e inteligentes. Supõe-se que eram boas em observar situações e descrevê-las. Mas elas estavam compreendendo sua condição corretamente?” (p.68) E constatamos isso ao observar o fruto dessa “sabedoria”, dos males trazidos para suas próprias vidas e de outros, como resultado da aplicação de suas ideias.
Como comentei no primeiro post dessa série, não podemos negar a realidade para defender uma ideia, nosso ponto de vista, ou até mesmo, tentando defender a verdade. Essas três mulheres citadas eram mulheres inteligentes, capazes de enxergar os problemas à sua volta, o conflito interno que elas tinham em sua condição de mulher, a guerra entre os sexos. Elas enxergaram os sintomas, a dor de uma grande e velha crise entre mulheres e homens pecadores. Porém, a análise, o diagnóstico, a cura que elas apontaram advinha da sabedoria delas, de uma sabedoria terrena e humana, sabedoria tal que o Apóstolo Tiago em sua Epístola chamou de demoníaca (3:15).
As mulheres pecam contra os homens, e os homens pecam contra as mulheres, e todos pecam contra Deus.
O problema da visão feminista e o nosso problema com muitos outros assuntos é que enxergando os problemas, as crises, a situações terríveis que acontecem nesse mundo, apelamos para nossa própria sabedoria ou para a sabedoria dos “ilustres” desse mundo caído. As lentes da verdadeira sabedoria só podem ser concedidas por Deus e por meio de sua Palavra. Todas as vezes que apelarmos para uma visão fragmentada e focada no homem, isso repito: se tratando de qualquer assunto, estaremos arranjando confusão e tudo o mais que caracteriza a falsa sabedoria para as nossas próprias vidas e infelizmente para a vida dos outros.
Deixo mais das palavras do apóstolo Tiago sobre a sabedoria:
Quem entre vocês é sábio e inteligente? Mostre as suas obras em mansidão de sabedoria, mediante a sua boa conduta.
Se, pelo contrário, vocês têm em seu coração inveja amargurada e sentimento de rivalidade, não se gloriem disso, nem mintam contra a verdade.
Esta não é a sabedoria que desce lá do alto; pelo contrário, é terrena, animal e demoníaca.
Pois, onde há inveja e rivalidade, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins.
Mas a sabedoria lá do alto é, primeiramente, pura; depois, pacífica, gentil, amigável, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial, sem fingimento.
Ora, é em paz que se semeia o fruto da justiça, para os que promovem a paz. (Tiago 3:13-18 NAA)
+INFO Livro: Feminilidade Radical: Fé feminina em um mundo feminista | Autora: Carolyn McCulley (1963- ) | Publicado originalmente em 2008 | São Paulo: Editora Fiel, 2017 | Tradução: D&D Traduções | 364 páginas
Onde encontrar o livro: Livraria Família Cristã, Editora, Amazon
Descubra mais sobre CAFÉ FÉ E LIVROS
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.