Não gostei
No ano passado (2018), um dos nomes mais citados nos blogs e vlogs literários que acompanho foi da Elena Ferrante. A autora tem uma legião de fãs, talvez, muito inspirada pela áurea de mistério que a cerca, pois esse nome é um pseudônimo (um ótimo pseudônimo inclusive).
Pois bem, em fevereiro agora, não resisti a curiosidade e fui conferir o que era a obra dessa mulher (ou homem, pois não se tem certeza quanto a isso também). Pensei “vou começar pelo primeiro livro publicado por ela”. Olha, que decepção! Achei o livro ruim, péssimo, horrível.
Convenhamos, que a ideia da história é até boa: Delia (a protagonista), uma mulher madura, retorna à sua cidade natal, Nápoles/Itália, para enterrar sua mãe, Amália, que foi encontrada morta, semi-nua, numa praia – tudo levando a crer (isso não é spoiler, já está nas primeiras páginas) que se trata de um suicídio. O enredo é sobre o luto dessa filha e a descoberta sobre o que realmente aconteceu com Amália. Duas tensões presentes em cada capítulo, quando aos poucos é revelado o passado sombrio do cotidiano dessa família.
Interessante né? Sim. Mas, o livro é confuso, tem um tom esquisito, desagradável, repugnante… Não aguentava as descrições dos personagens, essencialmente do tio, pela repetição do quão rudi ele era – eu lia conversando com a E. Ferrante “Ta.Ta. Já entendi” 😀 .
Na metade do livro, tudo estava tão chato, que eu já tinha perdido o total interesse de saber como e porque a mulher morreu. Só continuei até o final porque o livro era curto e porque queria escrever essa opinião hahaha.
E a grande revelação do final, é bem verossímil, faz-nos parar para pensar – uma triste realidade -, masss, nem isso salvou o livro.
Enfim, não recomendo a leitura. Se, eu conseguir esquecer dessa péssima experiência, ainda vou arriscar ler “Amiga Genial” um dos mais elogiados da autora, isso é, SE eu conseguir esquecer.
Livro: Um amor incômodo (L' amore molesto, 1999)
Autora: Elena Ferrante
Editora: Intrínseca, 2017
Páginas: 176
Compre: Amazon
★★☆☆☆
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De Ferrante li a tetralogia mais famosa dela, tem uma escrita escorreita, mas parece banal. O que está de acordo com as suas personagens que vivem vidas difíceis e humildes nos bairros mais desfavorecidos de Nápoles. Quando li o a obra tinha visitado poucos meses antes esta cidade e os retratos que fez daquela cidade foram conformes com estilo da cidade violenta, suja, desorganizada que vi e apesar de tudo bela, o que parece inconciliável mas Nápoles é mesmo assim cheia de contradições. Pobre e luxuosa, aristocrática e plebeia.
Oi Carlos!
Ahh, talvez, se eu tivesse essa oportunidade de visitar Nápoles tinha aproveitado melhor a leitura. Gostei de suas impressões sobre a cidade (um tanto poética)
Abs.
As capas estão demais, o povo fala muito da:autora, mas já perdi grande parte da minha curiosidade pela escrita dela. Ainda mais depois dessa resenha…
Beijos!
Mas leia de qualquer forma. Gosto é uma coisa muito pessoal, as vezes você pode gostar.
Poxa Kelly, ontem por acaso olhando o insta da Fátima Bernardes , vi uma indicação desse livro, ela apresentou de uma forma até atrativa, com uma pegada de mistério, me despertou a vontade de ler já ia colocar em minha lista, agora nem vou.
Olá! Olha, tenho que ser sincera: eu não indico esse livro pra ninguém. Porém, os gostos das pessoas são tão diferentes, que talvez… Outra coisa, é que, esse é o primeiro livro publicado pela autora, as vezes foi um mal começo e depois melhorou – e pela fama, deve ter melhorado muito rss.
Obrigada pela visita!