O Zelo Evangelístico de George Whitefield de Steven Lawson

“É virtualmente impossível ler sobre a vida e ministério de George Whitefield sem se impressionar com o seu zelo evangelístico. Temos nele um homem que se entregou inteiramente ao chamado mais nobre de todos – a pregação para as almas dos homens. Sem truques e acessórios, sem fumaça e espelhos, aqui está um humilde mensageiro, armado apenas com o evangelho, encorajado pelo Espírito, buscando reavivar a igreja e ganhar os perdidos para Cristo. Temos aqui uma alma em fogo e uma vida zelosa por proclamar o glorioso evangelho. Whitefield jamais perdeu de vista o fato de que era vil pecador, salvo pela incomparável graça do Redentor. Jamais promoveu a si mesmo, mas desejava simplesmente que Cristo fosse glorificado por meio de seus muitos labores. Ele não permitiu que nenhuma instituição cristã ou movimento religioso recebesse seu nome. Era modelo de humildade retraída, até mesmo quando estava dentre dolorosas controvérsias. Jamais defendia sua própria causa, nem buscava a atenção do público. Em vez disso, Whitefield buscava apenas a honra de Deus na salvação das almas perdidas.”

Meu primeiro contato com a história de George Whitefield foi através da biografia de João Wesley. Wesley e Whitefield foram amigos e contemporâneos no avivamento da Inglaterra do século XVIII.

Comecei a ler esse livro pensando que se tratasse também de uma biografia, mas não, o livro é a busca de Steven Lawson pelo perfil do ministério de Whitefield na intenção de erguer seu exemplo como inspiração à igreja do século XXI.

George Whitefield dedicou sua vida na missão de chamar os perdidos ao arrependimento e fé em Cristo, e o que encontramos pelas páginas dessa pequena obra são os principais pontos que explicam a consistência e perseverança dessa trajetória.

Quem foi George Whitefield?

George Whitefield viveu entre 1714 a 1770, foi um grande pregador itinerante, um arauto do evangelho no movimento evangélico britânico e no primeiro Grande Despertamento. Ele foi de um lado a outro do oceano atlântico anunciando a Cristo, atingindo as Ilhas Britânicas, de Londres a Edimburgo, e as colônias norte-americanas, de Boston a Savannah…

Na juventude estudou na Universidade de Oxford com muita dificuldade, submetendo-se para o custeio de sua formação ao trabalho de servidor (limpeza dos quartos, lavagem de roupas, preparo de refeições etc.) dos estudantes mais ricos. Em meio às exigências crescentes dos estudos e aquelas circunstâncias difíceis, buscava ardentemente estar em paz com Deus, orava e jejuava constantemente, mas a sua alma continuava atribulada. Encontrou-se por fim com os irmãos Wesley, que estavam numa situação espiritual parecida, juntando-se a eles num grupo de estudantes chamado “Clube Santo de Oxford”.

Apesar da sua rígida disciplina na leitura bíblica, jejuns, orações e serviço cristão, Whitefield não era convertido de fato. Tudo aquilo não passava de esforços de justiça própria para merecer a salvação. Em 1735 ao ler o livro The Life of God in the Soul of Man (A vida de Deus na alma humana) de Henry Scougal, ele aprendeu que o caminho da salvação não era por suas próprias obras, mas tão somente pelo novo nascimento em Jesus Cristo. Aos 21 anos de idade Whitefield constrangido pelo Espírito Santo, converteu-se depositando sua fé totalmente em Jesus Cristo.

“Um homem pode frequentar a igreja, fazer suas orações, receber o Sacramento, e, no entanto […] não ser cristão. […] ‘Senhor, se eu não for cristão, se eu não for um cristão autêntico, por amor de Jesus Cristo, mostra-me o que é o cristianismo, para que eu não seja condenado em última instância’.”

novo nascimento foi o tema mais repetido durante o seu ministério. Ordenado em Oxford como diácono, logo começou a pregar e as igrejas ficaram cheias de pessoas para ouvir esse jovem fervoroso pregador. Mas não demorou surgir oposição, se sentido ameaçados os líderes da época fecharam os púlpitos para ele, o que não o deteve. Iniciou-se as famosas pregações ao ar livre – protagonizadas também por João Wesley – que atraíram milhares de pessoas.

Uma leitura interessante, mas…

Após resumir a vida de Whitefield – com muito mais clareza e detalhes do que o exposto aqui – o autor empenha-se em descrever em seis capítulos o zelo, a devoção e a paixão desse pregador, fazendo menções e considerações de sua imersão nas escrituras, vida de oração, foco em Cristo, humildade, teologia e demais convicções, comprometimento com o evangelho todo, amor fervoroso aos perdidos e dependência do Espírito Santo. Trazendo com êxito ao leitor o perfil desse vaso de barro que foi usado para alcançar tantas pessoas, e ainda hoje, continua marcando corações com o seu exemplo.

Foi uma leitura interessante, é sempre bom conhecer a história desses heróis da fé e o que Lawson fez nessa obra foi além de relembrar a história, pois ele conseguiu destacar os aspectos da vida de Whitefield que estavam atrás ou além do púlpito.

Entretanto, apesar do valor da obra a leitura não fluiu muito bem, demorei bastante pra ler – considerando que o livro é pequeno – e pensando nos motivos disso, cheguei à conclusão que não gostei da escrita do autor, talvez seja a tradução, não sei… mas realmente faltou algo, beleza eu diria. Enfim, esse livro pertence a série Um perfil de homens piedosos, a qual pretendo ler sim outro volume e vamos ver como vai ser.

Se eu recomendo? Recomendo sim, para quem tiver interesse e já algum conhecimento sobre essa figura tão importante na história da igreja chamada George Whitefield.

+INFO Livro: O Zelo Evangelístico de George Whitefield | Autor: Steven Lawson (1951- ) | Ano publicação: 2013 | Tradução: Elizabeth Gomes | São Paulo: Editora Fiel, 2014 | Páginas: 160 | AmazonEstante Virtual | ★★★★★


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